Sabe-se que o Brasil possui uma altíssima biodiversidade, a qual ainda não é completamente conhecida, devido a uma grande variedade de plantas não catalogadas ou não analisadas. Nesse âmbito, a descoberta de novos tipos de óleos essenciais acontece a todo momento, demonstrando o grande potencial do Brasil em sua produção, que vem aumentando gradativamente ao longo dos anos.
Segundo a International Organization for Standardization (ISO), os óleos essenciais podem ser definidos como “produtos obtidos de matérias-primas naturais de origem vegetal, por destilação a vapor, por processos mecânicos a partir do epicarpo de frutos cítricos, ou por destilação a seco, após a separação da fase aquosa – se houver – por processos físicos”. A partir disso, nota-se que estes óleos são misturas que possuem substâncias com alta volatilidade, proporcionando mudanças de fase do estado líquido ao gasoso, gerando os aromas característicos tão conhecidos pelos consumidores. Além disso, possuem diversos compostos em sua estrutura, que irão propiciar uma alta gama de princípios ativos.
Diante disso, observa-se que cada matéria-prima resulta em óleos com diferentes características químicas e biológicas, sendo extremamente necessário realizar a análise destes para a determinação de seus componentes, visando assim uma melhor classificação e aplicação, o que irá gerar maior valor agregado ao produto em questão. Nesse sentido, o método de análise mais aplicado é o de cromatografia gasosa, consistindo em uma técnica analítica que utiliza uma amostra de gás para definir a pureza da mistura de componentes voláteis e semivoláteis.
Por exemplo, ao analisar o óleo essencial de lavanda e de laranja, é possível identificar os compostos específicos responsáveis pelo aroma característico de cada uma dessas plantas. No caso do óleo essencial de lavanda, a cromatografia gasosa pode revelar a presença de compostos como o linalol e o acetato de linalila, que conferem propriedades relaxantes e calmantes. Já no óleo essencial de laranja, podem ser identificados compostos como o limoneno, que proporciona um aroma cítrico e estimulante.
Na abordagem adotada pela Sinergia, uma técnica específica é empregada, envolvendo uma série de passos meticulosos. Inicialmente, uma pequena porção da amostra é submetida a um aquecimento rápido, atingindo uma temperatura superior ao ponto de ebulição da mistura em questão. Concomitantemente, é introduzido um gás inerte no sistema através do cromatógrafo, criando um ambiente propício para o processo de análise. Posteriormente, a amostra aquecida é direcionada para uma coluna de separação, onde os diferentes componentes presentes começam a se distinguir. Isso ocorre devido às suas diferentes taxas de movimento quando vaporizadas, permitindo assim a separação eficaz dos constituintes da mistura.
Nesse ponto do processo, são empregados detectores sensíveis, capazes de identificar uma ampla gama de compostos presentes na amostra. Essa identificação detalhada dos componentes é essencial para determinar as características essenciais do produto em análise, fornecendo informações cruciais para a qualidade e composição do mesmo. Se você ficou interessado na análise de óleos essenciais e quer caracterizar o seu produto, entre em contato com um dos consultores da Sinergia.