A fim de iniciar o estudo da química inorgânica é interessante o conhecer bem a tabela periódica, sua organização, as principais famílias ou grupos, as propriedades que variam periodicamente, além de algumas particularidades de elementos químicos – como, por exemplo, saber que os metais alcalinos e alcalinos terrosos são moles e muito reativos quando em contato com a água. Ou então saber que o mercúrio é um metal, mas se encontra no estado líquido nas condições ambientes, além de ser tóxico ao homem e se bioacumular ao longo da cadeia alimentar. É necessário saber também que os gases nobres são inertes e não reagem facilmente.
Além disso, entendendo as características da tabela e dos elementos, é fundamental saber identificar como os átomos podem se conectar uns aos outros, ou seja, identificar as ligações químicas (iônica, covalente e metálica). Muitos têm grandes dificuldades em identificar e fazer as ligações químicas e isso acaba atrapalhando bastante o desenvolvimento do estudo da química. Por exemplo, a ligação iônica ocorre principalmente entre íons derivados de metais e ametais; a ligação covalente é realizada por ametais e a ligação metálica somente entre metais. O próximo passo agora é estudar as tão temidas funções e reações inorgânicas.
As funções inorgânicas principais são os ácidos e bases que dão origem aos sais através da reação conhecida como neutralização ácido/base e também os óxidos. Os ácidos são definidos de acordo com Arrhenius como sendo substâncias que em solução aquosa liberam íons H+; as bases, pela mesma definição, liberam íons OH- (hidroxila). Sais são resultados da neutralização de um ácido por uma base e possuem pelo menos um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH-. Exemplo clássico de sal é o NaCl – cloreto de sódio – conhecido com sal de cozinha, utilizado para dar sabor e conservar alimentos, produzir soro fisiológico, mas que em excesso pode resultar em aumento da pressão arterial. Os óxidos, por outro lado, são substâncias binárias, ou seja, possuem dois elementos em sua estrutura, sendo o oxigênio obrigatório e o mais eletronegativo da ligação. O dióxido de carbono (CO2) é um exemplo de óxido bastante comentado devido ao aumento do efeito estufa. É produzido principalmente por meio de reações de combustão de combustíveis fósseis.
Depois de ter dado uma bela estudada nas funções inorgânicas, podemos agora passar para a próxima fase. As principais reações inorgânicas são:
- Síntese ou adição: como o próprio nome diz, substâncias se juntam para formar apenas uma, A partir dela os químicos conseguem produzir gás amônia importante para fabricação de fertilizantes.
- Decomposição ou análise: é quando uma substância se divide em duas ou mais, por exemplo, a decomposição do carbonato de cálcio (CaCO3) produz a cal virgem ou cal viva (CaO) para a fabricação de cimento tipo portland e (CO2) dióxido de carbono.
- Simples troca ou deslocamento: Acontecem durante a reação entre um elemento químico e um composto um por exemplo: A + BC → B + AC. Com as reações de simples troca podemos definir a reatividade dos elementos.
- Dupla troca: Acontecem durante a reação entre dois compostos químicos, gerando dois produtos, por exemplo: AB + CD → AD + BC. Troca bastante comum de aparecer nas questões de química por envolver quase todas as reações inorgânicas.
Texto escrito por: Marcela Lessa